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Blog Cedro Agora

segunda-feira, 3 de junho de 2013

A Saúde de Cedro em total abandono


          Os vereadores de Cedro iniciaram uma série de visitas que serão feitas às unidades da rede municipal de saúde. O intuito é verificar quais são as reais condições de atendimento nos PSFs e em outras unidades de saúde do município para ouvir e registrar reclamações de pacientes e, posteriormente, levar o que foi constatado para uma discussão mais ampla na Câmara Municipal.
        O ponto de partida para as visitas foi na Unidade Mista José Urias Novais, principal unidade de saúde do município. Lá os vereadores puderam constatar que um dos principais problemas são os constantes atrasos no atendimento aos pacientes. Há relatos, por exemplo, de pessoas que chegam à unidade a meia noite para serem atendidas por médicos após as nove horas da manhã, quando chegam alguns médicos, que por sinal não ficam até o período da tarde.
         Também foram constatados problemas estruturais, a exemplo de macas quebradas e enferrujadas; mofo no teto dos quartos e dos banheiros; bacias sanitárias e pias quebradas; gambiarras nas instalações elétricas, o que coloca em risco a segurança de funcionários e pacientes; além da falta de insumos tidos como básicos para o atendimento da maioria das ocorrências médicas e lençóis rasgados. Sem contar que a Unidade de saúde não tem segurança e é comum ver animais como cachorros, gatos, jumento e porcos transitando dentro da unidade.

         Durante a visita, puderam ser ouvidos pacientes e ainda funcionários, que não se intimidaram e destacaram alguns dos problemas da unidade de saúde.


        Foi constatado ainda que o médico escalado para o plantão não se encontrava na unidade de saúde e que era comum essa pratica durante toda a semana.
        Vereador José Galvão, conhecido por todos por "Zé de Benga", disse ao “Blog Cedro Agora”, que ao chegar à unidade, ficou perplexo com o desmando e abandono que está a unidade de saúde do município, vendo os pacientes ter que levar de casa lençol para forrar a maca, onde os pacientes estão correndo sérios riscos de levar bactérias hospitalar para dentro de suas casas e adoecer toda a família.

       “E é justamente para este tipo de problema que nós, vereadores, precisamos estar atentos. Nos próximos dias iremos visitar outras unidades, para averiguar quais são realmente as condições de atendimento da rede municipal de saúde”, completou o Vereador José Galvão.




           Isso e o retrato da falta de compromisso e falta de respeito à saúde publica de Cedro.
            Este blog espera um posicionamento das autoridades competentes.

Um comentário:

  1. É até constrangedor falar da situação da saúde no nosso município, ainda mais quando nos deparamos com imagens tão estarrecedoras, que inflamam qualquer sentimento de indignação ou mesmo os mais primitivos sentimentos de humanidade, ao ver que a precarização de um serviço básico ao bem da população está sendo tratado de maneira tão negligente.
    Ao nos reportarmos à Constituição Federal de 1988 nos deparamos com aquela velha frase que todos estão cansados de ouvir: “A saúde é um direito de todos e um dever do Estado”, e infelizmente há gestores públicos que veem esse direito como um mero obséquio à população, não cumprindo os mais elementares princípios de eficiência, ou mesmo de moralidade, pois deixar que o povo fique a mercê de um serviço ineficaz, que não possui uma mínima qualidade estrutural não é apenas imoral, é nefasto.
    Os olhares mais leigos da estrutura física da Unidade de Saúde observam a total insalubridade de uma local que deveria, por excelência, contribuir no esquadrão de primeira linha para a solução dos agravos de uma população sofrida, desassistida e pseudo-representada por um governante que tem o despautério de afirmar em púbico que governará apenas para os seus aliados.
    Os serviços de saúde devem prezar pela redução de riscos e agravos e não se tornar um possível foco disseminador de doenças devido a insalubridade de suas instalações, pois vai em contra mão do seu escopo fundamental, e torna-se um desserviço à qualidade de vida dos usuários do Sistema Único de Saúde, ou, porque não dizer, uma ação perniciosa arquitetada por pessoas ardilosas que, mesmo diante de tamanho descaso, esperam que o povo seja benevolente diante de tanto maniqueísmo.
    Eu também não posso deixar de falar sobre incompetência, dupla, da municipalidade, que é, por um lado, responsável pela execução das políticas de saúde – a nível de promoção, proteção e recuperação – e, por outro lado, também é o responsável pela fiscalização das mesmas, o município também tem que dispor de mecanismos de inspeção dos estabelecimentos de saúde, inspeção essa que, se a autoridade sanitária local realizou, não passou de uma encenação burocrática para driblar as ações de controle que lhe cabe.

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